domingo, 18 de dezembro de 2011

O legado dos EUA no Iraque


Por Eduardo Febbro, correspondente em Paris do sítio Carta Maior:

Passaram-se oito anos. Como pedras impiedosas que semearam a morte. Como aquelas horrendas imagens que surgiam à beira das estradas no caminho em direção a Bagdá. Fumaça, destruição, cadáveres e silêncio. Parece ontem. O cruzamento de estradas assinalava duas direções: Basra ou Bagdá. Através da estrada até Bagdá, as sucessivas batalhas da ofensiva emergiam como cogumelos despedaçados: ônibus bombardeados, veículos calcinados, tanques arrebentados e crateras imensas cavadas pelos mísseis. Os tanques iraquianos dispostos em fila à beira da estrada pareciam latas de sardinha queimadas. Frente a eles, os tanques Abrams norteamericanos tinham o aspecto de mastodontes invencíveis. "Quando começamos a avançar por esse trajeto, os soldados iraquianos saíam dos tanques para nos pedir água e comida", contava com lástima um oficial norte-americano.



Os primeiros grandes subúrbios de casas baixas pareciam emergir de um pesadelo. As casas e as lojas tinham virado trincheiras e havia centenas de pessoas caminhando pelas ruas, levando colchões, cadeiras, roupas, televisões, máquinas de lavar roupa, velhas máquinas de costura. Bagdá, ao longe, estava envolta em uma espessa nuvem de fumaça escura. Os poços e as trincheiras de petróleo seguiam ardendo. Saddam Hussein havia mandado incendiá-los para impedir que os satélites norteamericanos obtivessem imagens precisas do estado de Bagdá. Depois, a cidade aparecia finalmente. Ferida e assustada.

Em cima do capô de um automóvel que havia avançado sobre a calçada, um livro de capa azul exibia suas páginas milagrosamente intactas. Dentro do veículo, o corpo de um homem com o corpo tombado para a frente tinha a cabeça partida e parte do cérebro esparramado em cima do porta-luvas. Ninguém prestava atenção. A cem metros do automóvel, um grupo de homens tentava, em vão, derrubar uma imensa estátua de Saddam Hussein erguida no centro de uma rótula. Do outro lado, três mortos jaziam à margem da rua. Um grupo de cachorros sarnentos disputava a propriedade do corpo de um dos mortos : um menino de seis anos estava ali também, sem um sapato e sem a metade do rosto.

Saddam Hussein havia desaparecido. O exército ocupante se instalava em tendas nos territórios de sua nova conquista, ocupava os palácios de quem tinha sido seu aliado, se apoderava das ruas da cidade transformada e restaurada pelo ditador com a ajuda dos arquitetos enviados pelo Ocidente nos anos em que Saddam era um sócio confiável e ninguém se importava que ele afogasse seu povo em uma lagoa de sangue. O choque de civilizações acabava de se plasmar em sua versão mais violenta : a de um país milenar e reprimido, a de uma potência ocidental que havia enviado do céu uma chuva de democracia comprimida em cachos de bombas.

Há lugares cujo nome e os símbolos que evoca sobrevivem aos estragos do tempo e das guerras. Bagdá tinha esse dom. Horrível e mágica. Histórica e contemporânea. Ameaçadora e hospitaleira. As Mil e uma Noites, uma grande livro onde, a cada virada de página, havia muitos mortos. O soldado Higins tinha visto inúmeras fotos de Bagdá antes da invasão, mas nunca havia imaginado a cidade real que encontrou quando sua unidade entrou na capital depois do que qualificava como « um combate épico » contra um inimigo « inferior, mas disposto a tudo ». Higins dizia que, até sua chegada a Bagdá, não havia conhecido a morte e tampouco imaginado como seria. Agora já tinha se acostumado ela, mas o primeiro morto seguia fazendo companhia a ele em sua memória. « A primeira vez que matei um homem foi à noite. Fiquei com uma sensação estranha, irreal. Não posso esquecer.

Minha unidade encontrava-se na periferia de Bagdá. Fazíamos parte de uma patrulha avançada que estava por penetrar na capital desde o sul. Tínhamos recebido a ordem de consolidar a zona e seguir adiante. Seguimos as instruções e no início da madrugada começaram a nos atacar. Choviam tiros de metralhadoras e bazucas. Como não se via nada usamos os fuzis com visão noturna. O primeiro homem que apareceu na mira avançava por uma rua lateral, ocultando-se entre as portas. Era um alvo fácil. Deixei que avançasse. Apontei e disparei. Ele cai no chão e voltou a se levantar, cambaleante. Disparei mais duas vezes. Não posso dizer que nesse momento senti que o tinha matado. Com as miras de visão noturna tudo é visto de um modo distinto, como se fosse um jogo informático. A realidade é mais lenta e as coisas têm a forma de silueta ».

« Sei que está por aí, Saddam é eterno. Um império não pode com ele. Saddam vive até no silêncio », dizia o empregado de um hotel que havia desaparecido em um incêndio. A única coisa que estava ali, pulsando no meio da fumaça, era o futuro. O futuro já estava escrito nas múltiplas sequências da queda de bagdá na indolência e ignorância dos ocupantes. Essa ignorância brutal era a matéria prima da ação de Paul Bremer, o ineficiente e teimoso responsável pela CPA, a Autoridade Provisória da coalizão encarrehada de administrar o Iraque com estatuto de autoridade governamental.

A guerra começou em 19 de março de 2003. Cerca de três semanas mais tarde, Bagdá caiu nas mãos da coalizão. No dia 1° de maio de 2003, o presidente George W. Bush deu por encerrada essa fase com a expressão triunfalista « missão cumprida ». No dia 6 de maio, Bush nomeou Paul Bremer. O « vice-rei » Bremer chegou a Bagdá e abriu a caixa de Pandora com um projeto político, econômico e administrativo delirante : converter o Iraque em uma representação dos Estados Unidos no Oriente Médio : liberal, democrática, permissiva, um centro de negócios ao melhor estilo dos falcões da Casa Branca.

Ele não tinha a menor ideia do chão em que estava pisando. Sua primeira decisão consistiu em decretar a « desbaasificação » da sociedade iraquiana. Bremer pretendia sanear o sistema político com uma ordem inaplicável : fazer desaparecer o partido Baas e seus representantes em uma sociedade onde, para conseguir trabalho ou ser membro da administração pública, era obrigatório aderir ao Baas. Paul Bremer decretou a demissão de milhares de empregados e executivos da administração pública, dos organismos encarregados do petróleo, dos bancos, das universidades. Onze dias depois de ter assumido suas funções, Bremer assinou outro decreto enlouquecido : dissolveu o exército, a aviação, a marinha, o Ministério da Defesa, os serviços de inteligência. Seu frenesi ignorante chegou ao ponto de, em um país que saía de um prolongado embargo internacional, que estava em guerra, onde os hospitais estavam destruídos e faltava até algodão, lançar uma campanha contra o tabagismo e elaborar um projeto para distribuir rações alimentares com cartões de crédito.

Passaram-se oito anos e os Estados Unidos fecharam a porta do Iraque deixando um desastre atrás dela. Durante o conflito, morreram mais de 100 mil civis, 4.800 soldados da coalizão perderam a vida (4 .500 dos EUA), junto com 20 mil soldados iraquianos. « Depois de todo o sangue derramado, o objetivo de que o Iraque governe a si mesmo e seja capaz de garantir a segurança se cumpriu », disse o secretário de Defesa estadunidense, Leon Panetta. O legado da invasão é outro : morte, dezenas de milhares de mutilados, insegurança, desemprego, falta de água potável e eletricidade. A democracia exportada com bombas ultramodernas não mudou o curso das coisas. A queda do déspota permitiu que os xiitas, majoritários no país e reprimidos até a barárie por Saddam Hussein, tomasem as rédeas do poder sem que isso implicasse unidade ou estabilidade. O Iraque segue sendo um país em carne viva onde as feridas da ocupação não se fecharam.

Passaram-se oito anos e o espelho de ontem está intacto, a voz de Fatima ainda ressoa naquela cidade em chamas. As lágrimas brotavam de seus olhos e, ainda assim, era capaz de sorrir e chorar ao mesmo tempo. Um sorriso de anjo, de criança, o sorriso da desnudez de um despossuído. Fatima observava os militares norteamericanos com um incessante sinal de pergunta. Eles a tomavam por louca. Quando passava diante dos soldados, a mulher os saudava e perguntava : « por quê ? » Às vezes, davam-lhe comida, água e um pouco de dinheiro. Fátima aceitava, mais para se aproximar daqueles que tinham destroçado sua realidade do que por fome.

Ninguém entendia sua pergunta. Por trás de seu sorriso tenro e luminoso, a tristeza marcava seus traços. Fátima estava vencida. Enquanto contemplava as ruínas do que uma vez foi sua casa, a mulher voltava a perguntar « por quê ? ». Quando falava, uma careta infantil e piedosa se desenhava como um relâmpago.

Fátima tinha perdido tudo. Dias após dia, com um empenho obstinado, a mulher escavava os escombros do edifício familiar destruído por uma bomba, buscando os restos de seus pertences passados. Seu filhor menor a acompanhava sempre. Ia de um lado a outro de Bagdá apegado a ela como um animal indefeso. Fátima revolvia as entranhas de pedras destroçadas e retirava uma frigideira, um retrato intacto, um cachecol, um par de sapatos, alguma cadeira desconjuntada pela explosão, pedaços de recordações e bens devastados. O living, a sala de estar, a cozinha, o quarto, os espaços de sua intimidade estavam soterrados por toneladas de pedra e poeria.

Fátima mostrava o que havia sobrado de sua casa : um monte de ferro e cimento sobre o qual se superpunha seu eterno sorriso. Ela também tinha no olhar essa marca feita de solidão, de luz, de incompreensão, de pura intempérie : a marca da injustiça. A mulher dizia que, talvez, o futuro de seu filho não seria parecido com o seu, que talvez ele conheceria a liberdade, um trabalho decente e a democracia. Fátima se projetava no filho que restou porque seu presente era um lugar inabitável. Era escombros e a gaveta de uma cômoda miraculosamente intacta de onde tirava, assombrada e agradecida, duas fotos de seu marido e de sua filha morta, esmagada com seu pai nas ruínas, um par de meias e uma caixa de costura.

* Tradução de Katarina Peixoto.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SHOW CUBANO EM GUADALAJARA

A geração Castro deu mais um show nos jogos Panamericanos deste ano de 2011.

A ilha do caribe, do tamanho do Estado de Pernambuco, ficou em segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos.

Como explicar? Como não reconhecer a eficiência de Cuba na implantação de políticas públicas relacionadas à formação de atletas de ponta nas modalidades esportivas que disputa?

Os críticos de plantão certamente dirão: - mas é só no esporte!.

Respondo: - Nosso IDH é menor que o dos cubanos.

A réplica trará, certamente, críticas sobre a liberdade e o controle exercido pelo Estado na vida das pessoas. Por fim, os críticos de plantão irão desconversar focando o embate em outras searas. Não é o meu caso. 

Reconheço e parabenizo a Geração Castro pelo sucesso obtido na competição. E como ex-atleta aguardo ansioso o desempenho da Geração Lula nas Olimpíadas de 2016, apostando que iremos finalmente ocupar o lugar que merecemos no Quadro de Medalhas das competições internacionais.

Por enquanto, só me resta admirar o eficiente trabalho desenvolvido em Cuba. Parabéns Comandante!

O CÂNCER E O CINISMO

Concordo em fazer a crítica ao SUS, que nasceu em 1988 e hoje é o maior sistema de saúde pública do mundo. 

Só acho desumano cobrar apenas do LULA (e cobrar caro, ou seja, sugerindo que ele arrisque a própria vida!), como se governos anteriores e a própria população não tivessem também a sua parcela de culpa...

Tenho em minha família uma pessoa que teve câncer tipo linfoma (igual ao da Presidenta Dilma). Essa pessoa fez TODO o tratamento pelo SUS. Está TOTALMENTE recuperada. Foi bem atendida no Hospital Regional de Chapecó/SC. 

O SUS tem problemas pontuais, como tem a educação (que é pública), a telefonia celular (que é privada), etc... O país é grande, é continental. Estamos avançando. 

Mas é DESUMANA a carga de cinismo que revelam os comentários sobre a doença de Lula. 

Força ao Lula, aos seus familiares e a todos que enfrentam a doença na rede pública ou privada....

sábado, 15 de outubro de 2011

FRANCISCO BELTRÃO: UM PROLONGAMENTO, MUITAS DÚVIDAS...

Um dia desses, olhando o prolongamento da Avenida Júlio Assis Cavalheiro - bem ali em frente ao CEEBJA - notei que o seu traçado parecia com um 'ponto de interrogação'.

Logo comecei a me perguntar o porque desta estranha coincidência e, juntamente com esta primeira, muitas outras dúvidas foram surgindo quase que espontaneamente. 

Qual é a real utilidade da ligação da Avenida Julio Assis com o contorno Leste? Quem vem de Marmeleiro vai mesmo utilizar o prolongamento ou continuará vindo pela Água Branca, via Avenida Luiz Antonio Faedo? E quem vem de Itapejara d'Oeste não continuaria a vir pela Avenida União da Vitória? Quem, afinal de contas, vai utilizar o prolongamento????

Quanto vai custar aos cofres públicos municipais? Se a indenização ao Sr. Lourenil Vieira vai subir de R$ 200 mil pra quase R$ 2 milhões, e somando-se a isso o valor da sua execução, será que é uma obra necessária analisando-se a relação custo/benefício? A população foi ouvida pra que a decisão fosse tomada? Que outros investimentos mais importantes poderiam ter sido encaminhados para atender melhor a população beltronense? 

Seria mais interessante a Administração Municipal incentivar a instalação de loteamento no local, fazendo com que o prolongamento surgisse de forma natural, sem ônus para os cofres públicos? E, no caso de surgir como consequência de loteamento, o traçado não seria retilíneo, ao invés desse 'ponto de interrogação' que acabamos recebendo de presente?

E quem vai fiscalizar pra sabermos se realmente o valor orçado na obra será utilizado ou se será superfaturada, como tradicionalmente acontece no Brasil? Os vereadores? O Ministério Público? A 'sociedade civil organizada'? O TCE? A imprensa? As ONG's? O prefeito fará a prestação de contas?

Qual é o impacto ambiental gerado pela obra? Esta obra tem os laudos necessários emitidos pelos órgãos competentes?

E a pergunta que não cala: quem foi o maior beneficiado pela mudança do traçado????

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

11 DE SETEMBRO: CHILE X EUA...


...memória meu povo!

Em 11 de Setembro de 1973, no Chile, o terrorismo de Estado norte americano assassinou o presidente eleito pelo povo chileno (e ninguém lembra disso!), Salvador Allende, num golpe de Estado, apoiando o General Pinochet que torturou e matou cerca de 30 mil civis naquele país... 

No 11 de setembro de 2001 morreram cerca de 2,9 mil pessoas no WTC, e os EUA, nas guerras do Iraque e Afeganistão mataram mais de 500 mil pessoas em represália (e continuam matando até hoje!), investindo para isso mais de 3,3 trilhões de dólares aprovados sucessivamente pelo Congresso Americano desde então... 

Estima-se que para cada dólar gasto no suposto atentado terrorista ao WTC, o governo americano 'investiu' cerca de 6,6 milhões de dólares para vingar a ação atribuída à Osama Bin Laden (big deal!)...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O PETRÓLEO BRASILEIRO: ENTRE O SONO E A SUBTRAÇÃO


'Recentemente o Brasil vendeu a primeira carga de petróleo extraída do Campo de Lula, na camada do Pré-sal, num momento em que o valor da commodity alcança patamares altíssimos. O desafio é acordar uma nação dormente para que fiscalize a aplicação dos recursos obtidos'

O Pré-sal parece carimbar o passaporte do Brasil rumo ao primeiro mundo. O 'ouro-negro' brota das profundezas do nosso mar trazendo a riqueza que promete assegurar o nosso desenvolvimento.

Outras nações, notadamente o pólo médio-oriental e a Venezuela, desfrutam a graça de possuir em seus domínios regiões com alta quantidade do produto. O mundo árabe e a Venezuela, porém, assumem posturas completamente diferentes em relação ao aproveitamento das riquezas extraídas nas plataformas e poços espalhados em seus territórios.

No primeiro, assistimos a concentração da renda, a opulência e a ostentação da extrema riqueza deitada nas mãos de 'sheiks' cada vez mais insaciáveis. Ao povo resta o fanatismo religioso e os conflitos civis incessantes que entorpecem suas mentes, sacrificam suas vidas e impossibilitam a conscientização política livre da elevada carga dogmática de seus preceitos religiosos.

Já no segundo, através de um governo popular e socialista, domina-se a questão do petróleo taxando a extração do produto com os impostos normais, além de uma taxa de royalties elevada, na casa dos 20% - o que garante o lucro das empresas privadas e da estatal PDVSA mesmo com o preço do barril orbitando a casa dos US$ 40 dólares. Mas não é só isso.

Com a recente alta da commodity (o preço médio do barril subiu para US$ 93 dólares este ano) o presidente Hugo Chávez impôs uma transferência deste lucro extraordinário – pois não há, senão no transporte, elevação dos custos – para o  Fundo de Desenvolvimento Nacional do governo venezuelano, que financia projetos industriais e sociais.

Quando o preço estiver acima de US$ 70 dólares e até US$ 90 dólares o barril, 80% do excedente vão diretamente para o Fundo do governo. Esse percentual sobre o excedente subirá para 90% se o preço do barril estiver entre US$ 90 e US$ 100 dólares. E 95% se for superior a US$ 100.

As empresas estrangeiras vão chiar. Ameaçarão sair da Venezuela. Mas vão ficar e continuar enriquecendo, mesmo que de modo mais comedido. No Brasil que nos importa vivemos entre os dois extremos, num 'equilíbrio' tão inconseqüente quanto injusto.

Com uma população perto de 200 milhões de pessoas e demandas sociais gigantescas espera-se que a nossa 'jóia da coroa' seja utilizada para fomentar o desenvolvimento industrial do país e custear programas como o da erradicação da miséra extrema (bandeira levantada pela presidente Dilma no pleito eleitoral e que está sendo tratada em reuniões ainda reservadas no palácio do planalto) - o plano deverá ser apresentado ainda em maio deste ano.

Ocorre que até agora o país não conseguiu desenvolver uma política de aproveitamento de seus recursos naturais merecedora de aplauso. No caso do minério, entregamos a preço de banana para o Bradesco e outros consortes a maior parte da riqueza do nosso subsolo. Um absurdo. Mais que isso: um crime de lesa-pátria praticado pela quadrilha que nos governava à época da privatização da Companhia Vale do Rio Doce, a VALE.

E no caso do petróleo assistimos a submissão das autoridades comprometidas em seus enlaces eleitoreiros.

Mas o que é mais preocupante: a passividade de um povo desacostumado a conhecer suas potencialidades e a fiscalizar a aplicação dos recursos disponíveis. Perdidos em BBBs, novelas e afins, dorme a pátria mãe... sem perceber que é, novamente, subtraída em tenebrosas transações.

Acordem o povo! Ou chamem o Chávez...

Luiz Ramme - Advogado, ex-Vereador e membro do PC do B

fonte: http://noticiero.venevision.net/index_not.asp?id_noticia=20110422001502&id_seccion=02


domingo, 9 de outubro de 2011

UM HOSPITAL DOENTE E SEM IDENTIDADE

Gestado pela luta do povo e de representantes da região, nasceu o Hospital Regional do Sudoeste (HRS). Hoje este recém-nascido padece de múltiplas deficiências e luta contra o descaso do principal responsável pela sua existência, o Governo do Estado do Paraná. 

Recusando-se em administrá-lo regularmente o governador Beto Richa parece encaminhar nosso estimado à adoção pela iniciativa privada, através de terceirizações que, inclusive, já se inciaram. O sudoeste não pode se calar.

Somente a luta política pode devolver ao sudoeste paranaense a chance de ter um hospital de alto padrão, capaz de atender a demanda de mais meio milhão de habitantes, de mais de 40 cidades espalhadas por toda a região. Essa luta é de todos nós.

Muitas são as deficiencias relatadas pelo SindSaúde, que defende condições satisfatórias de trabalho aos servidores do HRS. Faltam materiais de trabalho, salários e um PCS adequados, soluções administrativas, respeito aos concursados que ainda não foram chamados, entre outras demandas.

Mas a principal ameaça que vivemos é a do fantasma das privatizações. 

Embora já esperado pelo perfil do governo e apoiadores de Beto Richa, não se poderia acreditar que o mandatário e seu grupo político se despreocupassem até mesmo com a saúde dos paranaenses do sudoeste - tudo em nome da gratidão eleitoral e outros arranjos políticos percebidos nas nomeações dos comissionados que recheiam os corredores do HRS.

O HRS se encontra hoje em crise de identidade! 

Nasceu para atender a demanda por saúde da população do sudoeste, mas hoje não é assim que o identificamos. Alguns já o chamam de 'futura Policlínica da Água Branca', outros de 'futuro Hospital Universitário da UNISEP'.

 O HRS PRECISA MOSTRAR A QUE VEIO!!!

sábado, 8 de outubro de 2011

1º Encontro Mundial de Blogueiros Progressistas - Foz do Iguaçu, de 27 a 29 de outubro


Programação do 1º Encontro Mundial de Blogueiros é alterada

1º Encontro Mundial de Blogueiros  que acontece entre os dias 27 e 29 de outubro em Foz do Iguaçu  contará com a participação de comunicadores, blogueiros, sociólogos e outros profissionais renomados na área que diz respeito à democracia na comunicação. O tema desta primeira edição será “O papel da blogosfera na construção da democracia”.
Entre os destaques estão o jornalista fundador do jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet; o representante porta-voz do Wikileaks, Kristinn Hrafnsson; o fundador do site espanhol Rebelión, Pascual Serrano; o blogueiro ativista que foi fundamental para as mobilizações sociais do Egito, Ahmed Bahgat; Iroel Sanches,blogueiro cubano, entre outros comunicadores importantes.
Jornalistas e blogueiros brasileiros serão mediadores dos debates, entre eles estarão Natalia Vianna, da Agência Pública; Tatiane Pires, blogueira do Rio Grande do Sul; Renata Mielli, Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé; Altino Machado, blogueiro do Acre; Renato Rovai, integrante da Altercon e editor da revista Fórum; Sérgio Telles, blogueiro do Rio de Janeiro; Sérgio Bertoni (Paraná), Cido Araújo (São Paulo), Maria Inês Nassif, colunista do Carta Maior; Daniel Bezerra, blogueiro do Ceará; Julieta Palmeira, Associação de novas mídias da Bahia e Tica Moreno do grupo de blogueiras feministas.
Amy Goodman – A jornalista norte-americana Amy Goodman que já havia confirmado presença talvez não tenha mais disponibilidade de participar do encontro. Ela é responsável pelo programa alternativo Democracy Now nos Estados Unidos, e este veículo de informação é fundamental para as manifestações que estão acontecendo em Wall Street. A presença dela no Encontro Mundial de Blogueiros depende completamente de como estará a situação nos próximos dias.
Confira a programação completa: http://blogueirosdomundo.com.br/palestrantes
Fonte: Click Foz do Iguaçu