Um dia desses, olhando o prolongamento da Avenida Júlio Assis Cavalheiro - bem ali em frente ao CEEBJA - notei que o seu traçado parecia com um 'ponto de interrogação'.
Logo comecei a me perguntar o porque desta estranha coincidência e, juntamente com esta primeira, muitas outras dúvidas foram surgindo quase que espontaneamente.
Qual é a real utilidade da ligação da Avenida Julio Assis com o contorno Leste? Quem vem de Marmeleiro vai mesmo utilizar o prolongamento ou continuará vindo pela Água Branca, via Avenida Luiz Antonio Faedo? E quem vem de Itapejara d'Oeste não continuaria a vir pela Avenida União da Vitória? Quem, afinal de contas, vai utilizar o prolongamento????
Quanto vai custar aos cofres públicos municipais? Se a indenização ao Sr. Lourenil Vieira vai subir de R$ 200 mil pra quase R$ 2 milhões, e somando-se a isso o valor da sua execução, será que é uma obra necessária analisando-se a relação custo/benefício? A população foi ouvida pra que a decisão fosse tomada? Que outros investimentos mais importantes poderiam ter sido encaminhados para atender melhor a população beltronense?
Seria mais interessante a Administração Municipal incentivar a instalação de loteamento no local, fazendo com que o prolongamento surgisse de forma natural, sem ônus para os cofres públicos? E, no caso de surgir como consequência de loteamento, o traçado não seria retilíneo, ao invés desse 'ponto de interrogação' que acabamos recebendo de presente?
E quem vai fiscalizar pra sabermos se realmente o valor orçado na obra será utilizado ou se será superfaturada, como tradicionalmente acontece no Brasil? Os vereadores? O Ministério Público? A 'sociedade civil organizada'? O TCE? A imprensa? As ONG's? O prefeito fará a prestação de contas?
Qual é o impacto ambiental gerado pela obra? Esta obra tem os laudos necessários emitidos pelos órgãos competentes?
E a pergunta que não cala: quem foi o maior beneficiado pela mudança do traçado????